Do cubierto à gorjeta: entenda os restaurantes em Buenos Aires

parede com grafitti de um casal comendo - cubierto Buenos Aires

Do cubierto à gorjeta: entenda os restaurantes em Buenos Aires

Das parrillas às milanesas, passando pelos vinhos e terminando com doces irresistíveis como churros, dulce de leche e facturas – comer faz parte da programação “obrigatória” na Argentina. Veja aqui  como funciona a gorjeta, o cubierto e outras dicas para economizar tempo e dinheiro nos restaurantes de Buenos Aires.

1) O que é cubierto?

Esse é um tema que em geral causa um pouco de surpresa para nós brasileiras. O cubierto é uma taxa fixa (não depende do valor da conta) cobrada por pessoa nos restaurantes da Argentina. Quase sempre é informada no cardápio ou em cartazes no restaurante, mas às vezes essa informação passa batida e a gente toma aquele susto com a cobrança “extra” na conta.

Essa taxa cobre o custo de tudo que está na mesa à disposição do cliente: toalha, pratos, talheres (chamados cubiertos em espanhol) e petisquinhos. Importante: recusar o pão ou qualquer antepasto posto na mesa não exime o pagamento do cubierto, uma vez que ele é relativo a todos os itens que vão à mesa, não só à comida.

Alguns restaurantes cobram cubierto e outros não, se você quer fugir desse gasto, pergunte antes de sentar como funciona naquele estabelecimento. Saiba que é uma taxa cobrada apenas para comida, ou seja, se você foi tomar café ou um drink, não é obrigada a pagar cubierto. Fast-foods nunca cobram e, por outro lado, em restaurantes mais chiques sempre se paga essa taxa. Espere um custo de 40 a 60 pesos (3,60 e 5,45 reais*) por pessoa.

Outro dado importante é que esse valor vai pro restaurante e não para o garçom. Ou seja, o pagamento do cubierto não substitui a gorjeta.

Copo com cafe com leite em uma mesa - cubierto Buenos Aires

Aproveite seu cafezinho em paz: as cafeterias não cobram cubierto.

2) Eu devo pagar gorjeta?

Chamada na Argentina de propina, não tem nada a ver com atividades ilegais – é nada mais que a gorjeta. Em geral não vem especificado na conta, mas o costume é deixar 10% do valor para o garçom. Teoricamente a propina é opcional, mas pode acontecer de os garçons serem bem grosseiros caso o cliente não deixe gorjeta.

3) É melhor pagar com dinheiro ou cartão?

Eu li em alguns blogs que muitos restaurantes na Argentina ainda não aceitam cartão ou cobram uma taxa extra por esse meio de pagamento. Porém, minha experiência pessoal (inclusive quando estava nas cidadezinhas da Patagônia) é que a graaande maioria aceita cartão e não cobra mais por isso.

Da primeira vez que eu fui para Buenos Aires, em 2011, era comum os restaurantes preferirem receber em dólar ou real, em vez de pesos. Isso não ocorre mais desde 2015, quando o valor do câmbio do dólar foi deixou de ser fixado pelo governo. Por isso, leve sempre pesos argentinos (ou cartão) para pagar a conta.

4) Vinho ou refrigerante?

Outra coisa que as brasileiras estranham: na Argentina é mais barato pedir vinho do que um suco ou refrigerante. Em geral os restaurantes têm a opção de “vino de la casa” (vendido em taça ou em jarra de vidro, e não em uma garrafa fechada) que é bastante econômica.

Em Buenos Aires, a água da torneira é potável e dá para pedir esse favorzinho nos restaurantes (é bem comum, inclusive). Peça “agua de la canilla” e economize uns 30 pesos (R$  2,70*) na conta e uma garrafa plástica no meio ambiente.

pizzaiolo no balcao e prateleira com vinhos ao fundo - cubierto Buenos Aires

Vinho para acompanhar a fatia de pizza na Güerrín

5) Precisa fazer reserva?

Nos restaurantes de autor e nas churrascarias mais famosinhas, é recomendável, pois a espera pode facilmente passar de uma hora, inclusive em dia de semana. Muitos restaurantes fazem reserva pelo site Restorando ou pelo próprio site do estabelecimento.

6) Que horas os restaurantes abrem?

Os argentinos almoçam e jantam tarde. O almoço acontece por volta das 14h e o jantar, a partir das 21h. Os restaurante não abrem antes das 20h para o jantar.

 

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